do neo-canibalismo ao tretoterismo, o caótico corpus do movimento homeostético, suas tricas, sequelas, etc.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

FRAGMENTOS NEO-CANIBAIS


Comentário (2002)

Temas tirados selváticamente do Método de Morin e um desejo revolucionário «revisionista». Um idioma com ressonancias de Artaud. A ideia de artephysis não é má, isto é, uma arte-natureza, ou uma natureza-arte onde o que interessa não são os factos mas os «ficta», os fingimentos.







O significado dissolve-se na espuma das nossas recepções. Não lhe atribuimos nenhuma intencionalidade especifica, mas um desejo predatório, uma vontade de dar continuidade ao que mal entendemos ou ao que sabemos bem demais. O que entedemos é demasiado vago. O que gostariamos de entender demasiado ambicioso.

O papel da critica seria considerar objectos impossiveis para num primeiro gesto os reduzir a objectos possíveis, comuns, portáteis. Numa segunda fase, arrancá-los-ia dessa familiaridade e re-considerá-los-ia numa impossibilidade ainda mais radical que a dada.

Não o pôr em causa o discurso (tarefa fácil, facilitada pelos vicios dialéticos), mas desfazer e refazer o discurso, introduzindo mais vozes na Discussão.

... e sai do grande inconsciente informático em transe erótica.

O mito aparece como um agregado cropuscular e desaparece num crepusculo onde caminham gigantes.

Um sinal, antes de ser sugado pelo aspirador que o torneia conceptualmente, é primeiro embalado numa floresta de emoções indeterminadas.

Sejamos, contra as nossas convicções mais profundas, extremistas, ousados e fatais. Depois logo se verá.




EPISTOLA DE UM DAIMON A UM OLHO

Depois de os numeros
há a possibilidade geométrica de ascender
em extase ou entase
(graças a uma ascética memorável
mas que é condescendente
com os apetites contrários)
a um patamar um pouco mais alto.
Os anjos flagelam-se junto à Arca
onde se guardam os pensamentos iniciais.
Descreve-me então as transes misticas
dos animais zodiacais!
Porque te defecaram num Livro
ou em vagas tradições orais?
Oh, lábios sedentos de algo,
pergaminhos destroçados
pela pata do Cordeiro Final!





Algumas noções parvas de antropofagia homeostética

1ª parte  a pretensão da pretensão


arte e physis  a artephysis

movimento, big bang, quarks (particulas sub-atómicas), a complexidade da géneses e a génese da complexidade. Defenição de artephysis e o artefictício.
(rimbaud e a hipercomplexidade)

a ética da pretensão e a pretensão de uma ética cosmogenética e caosgenética.

da impossibilidade da super-estrutura à possibilidade da poli-estrutura.

identificação da cosmogenética com a caosgenética.


2ª parte  a inflação da inflexão

a crueldade e a fraternidade, a estesia como necessidade.

os signos biológicos da arte: desviu substittutivo, comunicação como factor socio-demográfico. Focalizador metabólico.

a neo-demografia e a suprahistória

poliandria, poliandria, o socialismo neo-científico (complexo-caótico  «comunismo original»), a viragem genética.

3ª parte  a intuição anal


sistemas biocomunicativos, a antropofagia e a fecalidade, a autofagia e a vacuídade (sistemas vitalistas e divinatórios).

A fadiga da pesquisa : da digestão à sugestão.


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