Pelo confuso fácil
E pelo caos negativo
Assim aguardamos
UM SINCRETISMO
MAIOR
ORIGINÁRIO
E
TUDO
E polimos as nossas belas sílabas
E desfazemos as revolucionárias conquistas modernistas
E encontramos belos pedaços:
SEXO
E TRANSCENDÊN-
CIA
A fuga-fuga para. O velho Egipto
Onde eu gostaria de criar galinhas
E recordar velhas òperas.
Enfim:
OLEEMOS AS METRELHADORAS
A revolução apodreceu nas cátedras e no sacaneia-o-próximo:
Que revolução? - pergunta o hábil - a revolução morta, a ousadia perdida, oh, eu…
Depois existem outros sentimentos como o
1. SENTIMENTALISMO FRENÉTICO COM REQUINTES ESTÉTICOS E COM UM TIPO DE AMOR AVANÇADÍSSIMO.
2. A NÁUSEA DESENCHABIDA MAS NUNCA CRUEL COM ANJOS A ASSOBIAREM CANTATAS.
3. A BELA PALAVRA COMO POR EXEMPLO:
HOMEOSTÉTICA
4. A PAIXÃO ORAL QUE É COMO QUEM DIZ
«Ó INTRATÁVEL INSATISFAÇÂO!»
5. OS CORPOS: ENFIM. OU / E AFINAL.
VANGUARDA
Sem essa palavra feia
E menos os oportunismos
E arrivismos
Que ela implica
E que explica
OS POPÓS-POPS-MODERNISTAS
Mas que são uns rapazes que gostam de passar a ferro e para quem afinal a pintura até é uma coisa séria (o que constitui um ENORMÍSSIMO CRIME).
O RISO (sem adjectivos)
É uma grande máquina de conhecimento.
Toda a aquisição é ùtil - as dissonâncias
São as possiveis aquisições:
E a revisitação de ruinas só mostra o «dis»
Na harmonia do arruinado.
O bom gosto é uma tramoia castratória
E a polivalência
O ùnico funcionalismo possível.
(…)também a educação luso-espartana e o infusionismo-ilusionismo no sublime extático, ou um tipo de xamanismo deslavado e mais impregnado de saudade…
Assim o programa de artifício seguirá nestas passadas despedaçadas da UNIDADE HOMEOSTÉTICA - «a única saída possível para a crise!» - cada um vende o seu peixe como pode!
(…)toda a parte.
Assim a prática do MISTÉRIO QUANTITATIVO, traduzindo o termo cultural buéréré, é o speicechétle do nosso percurso iniciático, reafirmando deste modo um tradicionalismo que redescobre os
MANTRAS
como um valor
atómico.
MANIFESTO (M. Vieira)
Devido a interferências externas só podemos vir a dar este manifesto ao conhecimento público muito mais tarde do que desejariamos. Estamos conscientes de que este evento vai assinar a derradeira certidão de òbito da arte de uma geração que nos surge como o fruto podre da guerra fria. Mas guerra é guerra!
Amoras concubinas
de miosótis enrugados
delicadas parafinas
que florescem nos teu prados!
Chega de resistir à tentação! Que ninguém nos livre do mal! É do conhecimento do degenerado público que já pouca coisa o move das suas batedeiras elétricas e dos mass média! Kaputt! Essa é a nossa palavra de ordem! A nós os prados em que cavalgamos sobre búfalos ao som da límpida bosta!
Os nossos heróis? Lembram-se de Àtila o Huno, de Cleopatra, das espetadas de carne fresca e suculenta, do sabor da manteiga derretendo-se sobre a carne imaculada das santolas! A aventura, o burrego no churrasco, o escutismo louco, descontrolado!
Somos um movimento rude, indisciplinado como uma bola de neve que rola por uma montanha de estrume! Sim, somos o caos! Mas o caos límpido na sua forma ordenada e bruta! O raw caos!
Abaixo as substâncias sintéticas na comida! Porque não tentar criar gado nos apartamentos e acender fogueiras à noite, bebendo vinho de sabor antigo em festa?
É necessário dar ferro a esta anémica sociedade! Decapitar os papuça e dentuça!
Sem comentários:
Enviar um comentário