do neo-canibalismo ao tretoterismo, o caótico corpus do movimento homeostético, suas tricas, sequelas, etc.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

notas para uma revista/movimento homeostetico




O neo-canibalismo, derivou, já naas notas coligidas no post-anterior para a «revista» HOMEOSTÉTICA - designação do Pedro Portugal. Estas notas foram confeccionadas com vista a um texto denso que nunca foi feito. São o prelúdio às actividades expositivas - um prelúdio pretencioso e teórico.



Basta substituir homeostasia por homeostética, alargar o conceito de organismo estético, etc, para encontrarmos aquilo que a palavra «homeostética» - object trouvé - quer significar.

Homeostética não tem uma defenição ou significação restrita, mas cósmica, e que é válida para todos os movimentos.







Homeostética


a arte concentracionária

a megainformação (ou a meganeguentropia)

«sem homeostética é impossivel a vida,
sem homeostética é impossível a arte»

a festa vulcânica da evacuação

o Erovazio

a recuperação da literatura e informação

a negação da simplificação, ou de como o simples é complexo e tende para o complexo

a criação de uma unidade estética

a homeostetica provoca a saneamento pelo primordial


anterior a 5/5/1982
esboço de manifesto encontrado
sob proposta de capa de revista
(foi deitado para o lixo porque mediocre?)


HOMEOSTÉTICA


orgão genital do movimento neo-canibal



irmãos: a grande saída do impasse estético repousa na physis, esse espectro da fecalidade que se impõe na termodinâmica.

E o que é a physis? Dirão: é a desordem da ordem e a ordem da desordem, isto é, o movimento sob o qual Heráclito dorme no seu sono de estrume heroico!

Não defenirei arte como método do Uno que é o disperso e o único lugar estético: a artephysis! (?)

E o que é a artephysis? A zona erógena do pensamento onde se processa toda a criação, a glandula onde a complexidade encontra a sua imagem genésica ou primordial. Esse primordial é inevitávelmente neo-complexo, é uma reorganização.

Alguns dirão: ficcção! E porque não? A artephysis é uma concretização da arteficção, uma metáfora cuja imagem é o socialismo estético; é pois pela sua mudança que ele alcança o repouso (Heráclito).

A artephysis é uma pretensão genésica, caosgenética e cosmogenética, é a superestrutura que cede o lugar à poliestrutura, é a civilização que passa a focos civilizacionais interactuantes, é a individualização colectiva processada a um nivel multiforme e hiper-complexo, e não a individualização uniformizadora e separadora.



A inflação da inflexão

Uma verdadeira artephysis é filha da crueldade e da fraternidade: a crueldade é a intuição no seu estado puro e a fraternidade é a consciencia cósmica.

Estas sãs as bases de uma neo-demografia funcionalista; a estesia como necessidade: causa e efeito  alfa e ómega, ou melhor, o inominável aleph.

Esse ponto corresponde não só a uma necessidade homeostética como a um sucesso homeostético.

Regresso a um inferno, a ressurreição anti-cibernética, a reformulação das linguagens pelo focalizador metabólico (nuclearização interactuante): é o neo-canibalismo!

Terminada a barbárie, suprime-se a história; o significado não mais se fará em função do tempo, mas da eternidade ( da qual o tempo tem sido apenas a imagem: o arquétipo torna-se concreto); a simplificação como estrutura conceptual será considerada um crasso erro transcendido por uma ciencia que tenha em conta mais que o fenómeno epidérmico.


A intuição anal

Começa-se deste modo no óculo finito do corpo, o ânus! A subjectivação da fecalidade (significante) conduz num ultimo grau à simplificação absoluta, isto é, ao caos pré-genético.

Os sistemas bio-comunicativos e poli-comunicativos accionam as arca-máquinas, os sois humanos e os micro-sois de cada humano.

Assim, a antropofagia resolve-se como consumo, não de produto, mas de intercambio físico( troca de energias, uma vez que a matéria é energia). A poliandria e a poligamia bastarão para satisfazer as funções sociais do ser humano.

A autofagia tem também dignificado o seu papel de acesso à vacuidade, ao plexo, ao nirvana!

Inverter ou canibalizar o processo: eis o axioma

Da digestão à sugestão, da periferia ao centro, a homeostasia converte e inicia.

Sem comentários: